"À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Obrigada a todos!

O final da etapa Alentejo Litoral aproxima-se...e já se contam com as despedidas feitas, a do gabinete de trabalho, a da divisão de trabalho, a dos amigos feitos nesta cidade, até a patinagem já foi notificada da minha despedida, mas amanhã ainda é dia de prova.
Como tudo existe um dia que tem que acabar, eu gostava de ter prolongado mais esta estadia, gostei de estar por cá, tive uma vida diferente do que estava habituada, trabalhei e vivi, fiz amigos que vão ficar comigo de certeza. Tive o prazer de trabalhar na zona mais bonita de Portugal, adorei viver aqui, a calma do Inverno nas praias, a forte afluência às praias alentejanas no Verão...o conhecer, descobrir, inventar...

A todos os que fizeram parte de mais uma fase, a todos que mesmo não estando cá apoiaram em tudo quanto podiam, esses que seguem os meus passos onde quer que vá, presentemente ou com um simples telefonema, mensagem, um enorme Obrigada! Teria sido complicado, mas com pessoas espectaculares do meu lado este caminho tornou-se tão mais fácil de se fazer.

Hoje termino por aqui, arrumo a secretária, termino as sessões nos computadores, coloco em caixas a minha vida...novamente, fecho a porta e entrego a chave. Segunda-feira começa nova etapa, a recta final, se o medo anda de mão dada comigo, hoje sei que alguém me agarrou a outra mão e diz que não quer sair nem deixar-me ir sozinha. Eu agradeço. Ali e a todos os que se mantêm comigo, as visitas vão continuar a existir,em Sines, em Évora, em Setúbal, onde tiver que ser.

Hoje, é um adeus bem devagarinho...como se fosse até já, como se fosse até sempre.
Obrigada.

o postal de recuerdo, por baixo de cada post it uma mensagem. Obrigada :)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Eheh xD

Homens que limpam a casa são mais felizes
É a conclusão de um estudo sueco, segundo o qual os homens que não dividem os afazeres domésticos com a mulher sofrem mais problemas psicológicos e até palpitações cardíaca
Pode ser a mudança em muitos lares e a conclusão de que as mulheres estavam à espera. Um estudo realizado pela Universidade Umeå, na Suécia, revela que os homens que limpam a casa são mais felizes. 
Os investigadores acompanharam a vida de 723 pessoas ao longo de 26 anos e os homens que não dividiam os afazeres domésticos sofriam mais problemas psicológicos – como ansiedade, nervosismo e problemas de concentração – e sofriam com palpitações cardíacas (que é a sensação de sentir o coração parar por um segundo). 
Já os que ajudavam em casa, eram mais tranquilos e felizes. 
No caso das mulheres, o estudo revela que o excesso de trabalho doméstico pode deixá-las mais vulneráveis às doenças. 

Bem, agora que já aqui está o estudo é aproveitar a deixa :) 

Doesn't matter..


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Este blog pede do fundo do coração...

Este blog pede do mais fundo do coração a ajuda de todos para a situação que partilho aqui.
Metendo de lado aquilo em que cada um acredita, aquilo que cada um defende ou idolatra, este caso não é soube touradas e aficionados. Este caso é sobre um médico que devia deixar de exercer a sua profissão, dar lugar a alguém que saiba realmente fazê-lo.
Sou contra incompetência e mais ainda incompetência nos altos quadros da nossa sociedade, como é o caso da medicina. É um exagero aquilo que um médico recebe, sim, acho exagerado mesmo sabendo que salvam vidas, acho exagerado porque existem profissões que também envolvem outras vidas e são perigosas, bombeiros por exemplo que recebem nem metade do ordenado de um médico, isto só como exemplo.

Podia ser só uma partilha e ficar por aqui, mas trata-se de um amigo muito querido e por quem tenho muito carinho, e por isso ter conhecimento destas coisas assim ainda custe mais.
No Sábado o Armando fez uma fractura exposta do terço inferior da perna direita durante uma corrida, deu entrada no Hospital do Espírito Santo de Évora, transportado pelos bombeiros. Quando chegou o médico ortopedista de serviço não quis operar dizendo para ser chamado um outro médico que esse sim era aficionado e decidiu que a fractura exposta a um sábado não era grave, agendando a operação para quarta-feira.
Ontem, acabou por ser chamado um ortopedista devido ao aumento das dores, o ortopedista chamou de imediato cirurgião e solicitou operação com urgência, no final foi dito aos familiares que caso se tivesse esperado por quarta-feira, a perna provavelmente teria que ser amputada...
Calha mal no estômago de qualquer um receber esta notícia, conhecido ou desconhecido...
Ao médico de serviço no sábado desejo-lhe as melhoras para a sua incompetência, falta de civismo e profissionalismo. Desejo outro monte de coisas que não poderei escrever aqui porque a minha boa educação não me permite, mas permite-me pensá-las. 
À família do Galinhas, e à Filipa deixo aqui todo o meu apoio e amizade, muita força.
A quem aqui passa deixo um pedido para assinarem esta petição http://www.causes.com/actions/1685159 contra a negligência deste médico, sejam ou não a favor das touradas, não é isso que está em causa...pode este médico não gostar de alguma outra coisa e recusar-se novamente a estragar o seu fim-de-semana.
Está em causa que os balúrdios que este atrasado mental recebe também sai dos nossos bolsos, e recebe para se recusar a atender quem não faz parte das mesmas ideologias que ele. 

Fica este pedido, a quem possa dar o seu nome por esta causa.



:)


Repete. Guarda . E sorri. :)

:)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vai ser a maratona...


:)

-.-

O meu futuro em 5 linhas. Drama.

Boas ideias!

"21 Balançoires é uma instalação que o colectivo de design canadiano Daily Tous Les Jours instalou em Montréal. Ladeada por novo centro de música e um novo centro de ciência, a instalação faz uma ligação entre os dois edifícios. Gravaram-se melodias de xilofones, pianos e outros instrumentos, que são "tocados" quando as pessoas andam nos baloiços. A ideia dos autores é aproximar os dois edifícios e as duas áreas e, ao mesmo tempo, demonstar que juntos somos melhores: uma pessoa pode tocar uma nota mas mais pessoas constroem melodias mais complexas.
Fotografias de Olivier Blouin."



E um vídeo: http://vimeo.com/40980676
:)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

das coisas simples...

ontem quando abri o email secundário tinha isto:


OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA…..

J

Era mesmo só isto e deixei-me rir sozinha. :)
Porque tem sido impecável. Obrigada.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pela Ângela Crespo, a circular no Facebook:

"Vão-se foder.
Na adolescência usamos vernáculo porque é “fixe”. Depois deixamo-nos disso.
Aos 32 sinto-me novamente no direito de usar vernáculo, quando realmente me apetece e neste momento apetece-me dizer: Vão-se foder!
Trabalho há 11 anos. Sempre por conta de outrém. Comecei numa micro empresa portuguesa e mudei-me para um gigante multinacional.
Acreditei, desde sempre, que fruto do meu trabalho, esforço, dedicação e também, quando necessário, resistência à frustração alcançaria os meus objectivos. E, pasme-se, foi verdade. Aos 32 anos trabalho na minha área de formação, feliz com o que faço e com um ordenado superior à média do que será o das pessoas da minha idade. 
Por isso explico já, o que vou escrever tem pouco (mas tem alguma coisa) a ver comigo. Vivo bem, não sou rica. Os meus subsídios de férias e Natal servem exactamente para isso: para ir de férias e para comprar prendas de Natal. Janto fora, passo fins-de-semana com amigos, dou-me a pequenos luxos aqui e ali. Mas faço as minhas contas, controlo o meu orçamento, não faço tudo o que quero e sempre fui educada a poupar.
Vivo, com a satisfação de poder aproveitar o lado bom da vida fruto do meu trabalho e de um ordenado que batalhei para ter.
Sou uma pessoa de muitas convicções, às vezes até caio nalgumas antagónicas que nem eu sei resolver muito bem. Convivo com simpatia por IDEIAS que vão da esquerda à direita. Posso “bater palmas” ao do CDS, como posso estar no dia seguinte a fazer uma vénia a comunistas num tema diferente, mas como sou pouco dado a extremismos sempre fui votando ao centro. Mas de IDEIAS senhores, estamos todos fartos. O que nós queríamos mesmo era ACÇÕES, e sobre as acções que tenho visto só tenho uma coisa a dizer: vão-se foder. Todos. De uma ponta à outra.
Desde que este pequeno, mas maravilho país se descobriu de corda na garganta com dívidas para a vida nunca me insurgi. Ouvi, informei-me aqui e ali. Percebi. Nunca fui a uma manifestação. Levaram-me metade do subsídio de Natal e eu não me queixei. Perante amigos e família mais indignados fiz o papel de corno conformado: “tem que ser”, “todos temos que ajudar”, “vamos levar este país para a frente”. Cheguei a considerar que certas greves eram uma verdadeira afronta a um país que precisava era de suor e esforço. Sim, eu era assim antes de 6ª feira. Agora, hoje, só tenho uma coisa para vos dizer: Vão-se foder.
Matam-nos a esperança. 
Onde é que estão os cortes na despesa? Porque é que o 1º Ministro nunca perdeu 30 minutos da sua vida, antes de um jogo de futebol, para nos vir explicar como é que anda a cortar nas gorduras do estado? O que é que vai fazer sobre funcionários de certas empresas que recebem subsídios diários por aparecerem no trabalho (vulgo subsídios de assiduidade)?… É permitido rir neste parte. Em quanto é que andou a cortar nos subsídios para fundações de carácter mais do que duvidoso, especialmente com a crise que atravessa o país? Quando é que páram de mamar grandes empresas à conta de PPP’s que até ao mais distraído do cidadão não passam despercebidas? Quando é que acaba com regalias insultosas para uma cambada de deputados, eleitos pelo povo crédulo, que vão sentar os seus reais rabos (quando lá aparecem) para vomitar demagogias em que já ninguém acredita?
Perdoem-me as chantagem emocional senhores ministros, assessores, secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a andar de opel corsa, porque eu que trabalho hé 11 anos e acho que crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia.
E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira.
Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento profundo do país que governam. 
Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança social, não é? No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um subsído”. Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a puta de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário dos administradores da CGD?
Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia! 
Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes, sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A sério? Vão-se foder.
As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não despedir mais um ou dois.
As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas pôr lá um proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos accionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa da Misericórdia e vão já já a correr criar postos de trabalho só porque o Estado considera a actual taxa de desemprego um flagelo? Que o é. 
A sério… Em que país vivem? Vão-se foder.
Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos:
1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até o guardo eu no meu PPR.
2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe.
Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste. Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança.
Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor no coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem… Contas feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um infantário. 
Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem tem que cá ficar. 
Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: Vão-se foder."
Ângela Crespo

É desta...


Pergunta: o que é isto?
Resposta: São as luzinhas que deviam estar quietas do meu computador...

Humm...hoje aqui o menino decidiu fazer das suas e tem a luz da bateria a piscar, fora a outra luzinha mas isso é porque ele pensa muito, ah e tal pode estar a carregar, mas não está...está a piscar há três horas e meia e não usa a bateria há uns dias...mas pisca. Basicamente está armado em qualquer coisa psicadélica e decide curtir um som e piscar luzes...olha que bem.
Parece ele que vai explodir, pi pi pi pi BUMMMMMMM!

Ai dele que se atreva!

...



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

:)


humm...

Querido Correio da Manhã...

Já não é a primeira vez que aqui demonstro a minha aversão ao Correio da Manhã. Podem tentar estar sempre em cima dos acontecimentos e ter sempre notícias novas, mas metade delas nem as considero notícias e a outra metade não considero serem verdadeiras, e desde já peço desculpa a algum fã desta (terrível) fonte de informação.

Segunda-feira foi publicada no Correio da Manhã, pelo jornalista Alexandre M. Silva (que tinha gosto em dar-lhe duas palavrinhas) esta notícia: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/touro-colhe-jovem-antes-de-morrer-na-praca-de-monsaraz-com-video?nPagina=1#comentarios

até aqui tudo impecável e tudo a fazer o trabalho de cada um, como jornal e jornalista o trabalho é informar as pessoas, sem dar o seu toque pessoal (e nesse ponto os meus parabéns porque conseguiu manter o seu ponto pessoal fora da notícia)... agora entenda-se que com um trabalho desses de informar as pessoas exige algum conhecimento, pesquisa e cuidado na apresentação das coisas, caso contrário terá pessoas que sabem pouco mais do que o senhor a cair-lhe em cima e a chamar-lhe nomes, como é o meu caso.

"Touro colhe jovem antes de morrer na praça de Monsaraz"...dramático no mínimo, mas começa logo mal...os senhores estavam lá certo? Eu vi o carro do jornal. Vai na volta eram os senhores que estavam entretidos no bar, demasiado entretidos para repararem que estavam lá a um Sábado e não a um Domingo como vem na notícia, e para repararem também que o touro que colheu o "jovem" de 40 e poucos anos (não se informaram dessa parte?!) entrou nos curros e ainda vieram mais dois depois desse. Resumindo como faço às minhas crianças de 6 anos: o touro que fez a colhida não morreu a seguir :) txaraaaaaaaaaaan!

Deviam ainda informar-se do "jovem" colhido, porque ele foi assistido no local é verdade, mas transportado para o hospital distrital com um rasgão na perna...também não viram o sangue a escorrer não é? Pois...a minha sorte ainda é não gostar de cerveja, vai dando para ver um bocadinho mais que vocês.

Soluções para o vosso lapso do dia da semana, consultem o cartaz, espalhado pela vila e pela internet também, é boa solução visto que o vosso jornalismo é feito à base de cadeira e secretária, e reparem onde diz tourada de morte, é Sábado eheh palminhas! (isto se não for demasiado mau terem lá estado e não saberem que dia era...)

Tem vezes que tento, tento muito começar a simpatizar com vocês...mas saem-se com esta como é possível mudar de ideias? Não dá... Imensas desculpas, pode ser que numa próxima.

...



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Das coisas boas...

Entre as sopas e descanso voltei à carga aos filmes...
Se for a ver bem as coisas, ainda não voltei, mas tenciono voltar. Já comecei a juntar alguns, e até já tentei ver um por três vezes, não é que o filme seja mau, mas eu sou tão fácil de desencaminhar que acabo por ficar horas de conversa sem querer ir para casa ver filmes, e ultimamente voltei ainda mais a carga nas leituras.
Não chego para tudo, eu tento mas ainda não descobri a fórmula.

Até agora tenho a lista mais ou menos composta e nos primeiros lugares por ver estão:


  • Dark Shadows (finalmenteeeee)
  • Savages, acabadinho de sair no cinema
  • Moneyball
  • Puncture (recomendado e talvez até mesmo o primeiro a ver)
Aceitam-se mais recomendações, à excepção de filmes de terror, esses podem ficar com eles pff. :)

Fim de festa

Assim que levantei a mão para dizer adeus senti que tinha terminado mais um fim-de-semana.
Eles e elas no carro, a dizerem adeus e eu a subir as escadas. Não estava tanto calor como nos outros dias, estava um vento agradável. Tínhamos acordado tarde e foi o tempo de arrumarem as malas. Eu ficava.
Naquela subida tive noção que o cansaço estava ali mesmo ao lado.
Ia-me deitar mais um bocado, era fim da tarde e não haveria mal nenhum. Aproveitar o silêncio da casa, da rua, e da vila que ao Domingo de festa tem um silêncio religioso da procissão, que não vou desde que passei a ter poder de decisão.
Depois do descanso senti a falta da casa cheia, a azáfama entre banhos e quem faz o jantar, quem lava a loiça, quantos somos para jantar, onde está a roupa, os sapatos, janelas abertas para a casa apanhar ar, as cadeiras na rua para se aproveitar o fresco. A vida devagar do Alentejo, os dias de descanso na vila.

Fica o carinho de mais um fim-de-semana de festa, com a certeza que para o ano iremos voltar.



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

:)


So simple.

Modo repeat...

Já conhecia, até já vi a música ser patinada por uma grande amiga.
Mas agora na busca de músicas para a minha criançada surgiu-me a banda sonora, e ando completamente vidrada.


Vidrada é um termo amigável para a quantidade de vezes que ela passa aqui :)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ainda nas touradas...

fica uma pequena parte de "Os Maias" de Eças de Queiroz.
“O marquês arrastara uma cadeira para o pé de Afonso, para lhe fazer a confidência dos seus achaques; mas como Dâmaso se metia entre eles, falando ainda da Mis t, decidindo que a Mist era chic, querendo apostar cinco libras pela Mist contra o campo - o marquês terminou por se voltar, enfastiado, dizendo que o Sr. Dâmasosinho se estava a dar ares patuscos... Apostar pela Mist! Todo o patriota devia apostar pelos cavalos do visconde de
Darque, que era o único criador português!...
- Pois não é verdade, Sr. Afonso da Maia?
O velho sorriu, amaciando o seu gato.
- O verdadeiro patriotismo talvez, disse ele, seria, em lugar de corridas, fazer uma boa tourada.
Dâmaso levou as mãos à cabeça. Uma tourada! Então o Sr. Afonso da Maia preferia touros a corridas de cavalos
O Sr. Afonso da Maia, um inglês!...
- Um simples beirão, Sr. Salcede, um simples beirão, e que faz gosto nisso; se habitei a Inglaterra é que o meu rei, que era então, me pôs fora do meu país... Pois é verdade, tenho esse fraco português, prefiro touros. Cada raça possue o seu sport próprio, e o nosso é o touro: o touro com muito sol, ar de dia santo, água fresca, e foguetes... Mas sabe o Sr. Salcede qual é a vantagem da tourada? É ser uma grande escola de força, de coragem e de destreza... Em Portugal não há instituição que tenha uma importância igual à tourada de curiosos. E acredite uma coisa: é que se nesta triste geração moderna ainda há em Lisboa uns rapazes com certo músculo, a espinha direita, e capazes de dar um bom soco, deve-se isso ao touro e à tourada de curiosos...
O marquês entusiasmado bateu as palmas. Aquilo é que era falar! Aquilo é que era dar a filosofia do touro! Está claro que a tourada era uma grande educação física! E havia imbecis que falavam em acabar com os touros! Oh, estúpidos, acabais então com a coragem portuguesa!...
- Nós não temos os jogos de destreza das outras nações, exclamava ele, bracejando pela sala e esquecido dos seus males. Não temos o cricket, nem o footbal, nem o runing, como os ingleses; não temos a ginástica como ela se faz em França; não temos o serviço militar obrigatório que é o que torna o alemão sólido... Não temos nada capaz de dar a um rapaz um bocado de fibra. Temos só a tourada... Tirem a tourada, e não ficam senão badamecos derreados da espinha, a melarem-se pelo Chiado! Pois você não acha, Craft?
Craft, do canto do sofá, onde Carlos se fora sentar e lhe falava baixo, respondeu, convencido:
- O quê, o touro? Está claro! O touro devia ser neste país como o ensino é lá fora: gratuito e obrigatório.
Dâmaso no entanto jurava a Afonso compenetradamente que gostava também muito de touros. Ah, lá nessas coisas de patriotismo, ninguém lhe levava a palma... Mas as corridas tinham outro chic! Aqueles Bois de Boulogne, num dia de Grand-Prix, hein!... Era de embatucar!”
(in “Os Maias” de Eça de Queiroz - 1888)

Demais!

Há umas semanas vi a entrevista de Margarida Rebelo Pinto no programa Lado B com Bruno Nogueira, em que a senhora falava da sua inspiração para a crónica "as gordinhas e as outras" publicada em 2010 no jornal Sol. É que coitadinha!


Hoje, encontrei um texto muito bom do Tiago Mesquita no site do Expresso. Se já tinha ideia que a senhora escritora não é de certeza, hoje comprova-se. Se o texto está à letra, o final está simplesmente genial.
Do blogue 100 reféns do Expresso, por Tiago Mesquita (também em http://expresso.sapo.pt/as-margaridas-rebelo-pinto-e-as-outras=f749520)

Uma crónica de Margarida Rebelo Pinto, apesar de publicada no jornal Sol em 2010 (!), correu as redes sociais nos últimos dias, gerando ondas de protesto e indignação. Fiquei curioso. Decidi autoflagelar-me e fui ler.
A crónica, intitulada "as gordinhas e as outras" visava um grupo especifico que Margarida - a magra -  fez questão de distinguir das demais mulheres. Basicamente a "gordinha" era retratada por Margarida como mais um "gajo" entre muitos, com a particularidade de ter uma vagina e maminhas e, de sorriso nos lábios, estar sempre disposta a partilhá-las com todos os "gajos" que consigam entornar mais do que sete vodkas (segundo Margarida, a partir do sétimo "qualquer bisonte se transforma numa mulher sexy, mesmo que seja uma peixeira com bigode do Mercado da Ribeira" - ficámos a saber como funciona o cérebro de algumas pessoas). As gordinhas "falam de sexo à mesa", "apanham grandes bebedeiras" e consomem "outro tipo de substâncias dadas a euforia" (só as gordinhas a consomem?), urinam de pé e "dizem palavrões", sempre sem serem recriminadas.
Se não achasse que a referida autora está para a escrita como o senhor Tobias, que me pintou os rodapés do corredor, está para as Belas Artes, provavelmente ter-me-ia chocado. Mas não. Depois temos "as outras", as que sabem escrever - graças a Deus. Os livros que vai expelindo aparecem nos escaparates normalmente agrafados a um brinde ou enfeitados. Um enorme laçarote, um espelho de rosto, um batom ou uma caixinha de pensos higiénicos. Em boa verdade o livro é o brinde, e não o contrário. Há que distrair os potenciais leitores, não deixá-los perceber de que há papel para além do higiénico, ou vão achar que mais valia terem gasto os quinze ou vinte euros no café da esquina a esfregar raspadinhas, ou pegado na "gordinha" e tirado a barriga de misérias num restaurante de rodízio.
Adiante. Do texto depreende-se que uma "gordinha" não pode ser uma miúda gira, é uma impossibilidade. Dois pontos para as magras. Isto porque Margarida diz ter amigas muito "bonitas" e "boazonas" e que ela mesmo, no fundinho, se considera uma tipa gira: "ser gira dá trabalho e requer alguma diplomacia" - afirma. De nada valerá dizer que há muitos "gajos" (um problema recorrente de quem só se dá com "gajos" é escapam-lhe os homens) que, mesmo com catorze vodkas em cima, não se atreveriam a cometer a proeza de tentar ter uma conversa minimamente inteligente com algumas pessoas ( e não estou a falar do excesso de álcool), quanto mais levá-las para onde quer que fosse.
O texto termina com mais uma pérola: "Como dizia a Wallis Simpson: "Never too rich, never too slim". E quanto às Gordinhas, o melhor é arranjarem um namorado. Ou uma dieta. Ou as duas coisas."
Eu acrescento, cara Margarida, como tão bem diria Walter Gropius:"o cérebro humano é como um chapéu de chuva: funciona melhor quando aberto." E dão muito jeito, uma coisa e a outra. Ter ambas é o ideal: um guarda-chuva e um cérebro.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A minha alma continua parva...


Já aqui disse que sou a favor da festa brava, tourada e tudo o que vier por aí. Ninguém me pode atacar por isso assim como não ataco quem defende o contrário, e isto aqui nem se trata nada disso, mas há coisas que me fazem uma certa confusão.
Ora no vídeo diz uma senhora que não aparece na imagem "eu vim de propósito da Holanda para esta manifestação"...chego a arriscar que a crise é algo que não assiste a esta senhora, porque Espanha é ali mais perto, também tem muita tourada e se calhar ficava-lhe mais em conta...enfim.

Ao jornalista, só tenho a dizer que cada vez mais que deviam repensar bem o que dizem ou como perguntam. Há tempos publiquei aqui uma expressão usada pela TVI, muito mal usada diga-se, tenho um certo pânico às notícias na net, em sites de referência público, rtp, etc, que não há um dia que não apanhe erros, epa revejam antes de publicarem...erros dou eu que brinco a isto dos blogues de vez em quando. Neste vídeo o jornalista designa o sucedido como "atentado". Atentado, senhores?!?!?!
Então quer dizer se tiver bombas é fogo de artifício se tem cavalos é atentado...vá lá a correr contra uma parede, sff.


Hello!